Os juros caíram, mas as tarifas subiram. Para um endividado essa conta parece boa, mas e para o cidadão que não é endividado?
Atividades Financeiras
Para ter acesso às melhores condições de juros, como o cheque
especial de 3,94% ao mês, os clientes do Banco do Brasil terão que aceitar
pagar de 36% a 52% mais em tarifas por seu pacote de serviços. Em empréstimos
mais curtos e de menor valor, o custo mais alto com a tarifa pode anular a
economia com os juros oferecidos no programa "Bom Pra Todos". O gasto
adicional com tarifa varia de R$ 73 a R$ 124 por ano. Apenas como exemplo,
trocar um empréstimo de R$ 1 mil com prazo de 12 meses com taxa de juros de
3,5% ao mês por outro de 2% ao mês, gera uma economia de R$ 107 ao longo do
período. (VE - C1)
Bancos intensificam o aumento de tarifas
Os dados dos quatro maiores bancos de capital aberto do país,
Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, apontam para uma alta de
17% na receita de tarifas e prestação de serviços no primeiro trimestre de 2012
em relação ao mesmo período do ano passado. O ritmo de alta deste início de ano
supera o crescimento anual observado em 2011 e 2010, de 13% e 14%,
respectivamente. Com o processo de fusões, maior regulação do Banco Central e
pressão por aumento de salários, entre 2009 e 2011 os bancos perderam
eficiência ao se comparar a relação entre as receitas de serviços e as despesas
com pessoal. Se em 2009 os bancos tinham R$ 138 de receita com serviços para R$
100 gastos em salários, a relação caiu para R$ 135 no ano passado. No primeiro
trimestre, o índice subiu para 142%, ante 137% um ano antes. (VE - A1)